Olavo Bilac

És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
De alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu viço
virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
Em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
2 comentários:
Olá! Flávia. Amiga, não podia deixar de passar por aqui para contemplar o desabrochar de um grande projeto iniciado por você. Esse blog nos proporcionará além de cultura muitas descobertas. Parabéns pela iniciativa!
Fabiana Gomes
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