quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Em breve novidades
O blog agora anda parado, mas em breve mais informações sobre esse nosso lindo idioma. Beijos!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
AS VARIEDADES LINGÜÍSTICAS E A ESTRUTURA SOCIAL
Como já foi dito, em qualquer comunidade de fala, podemos observar a coexistência de um conjunto de variedades lingüísticas. Essa coexistência, entretanto, não se dá no vácuo, mas no contexto das relações sociais estabelecidas pela estrutura sociopolítica de cada comunidade. Na realidade objetiva da vida social, há sempre uma ordenação valorativa das variedades lingüísticas em uso, que reflete a hierarquia dos grupos sociais. Isto é, em todas as comunidades existem variedades que são consideradas superiores e outras inferiores. “Uma variedade lingüística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais” (Gnerre). Constata-se, de modo evidente, a existência de variedades prestigiadas e de variedades não prestigiadas nas sociedades em geral. As sociedades de tradição ocidental oferecem um caso particular de variedade prestigiada: a variedade padrão. A variedade padrão é a variedade lingüística socialmente mais valorizada de reconhecido prestígio dentro de uma comunidade, cujo uso é normalmente requerido em situações de interação determinadas, definidas pela comunidade como próprias em função da formalidade da situação, do assunto tratado, da relação entre os interlocutores etc. A questão da língua padrão tem uma enorme importância em sociedades como nossa.
A variedade padrão de uma comunidade não é como um senso comum faz crer a língua por excelência, posta em circulação, da qual os falantes se apropriam como podem ou são capazes. O que chamamos de variedade padrão é o resultado de uma atitude social ante a língua, que se traduz, de um lado, pela seleção de um dos modos de falar entre variedades existentes na comunidade, de outro, pelo estabelecimento de um conjunto de normas que definem o modo “correto” de falar. Tradicionalmente, o melhor modo de falar e as regras do bom uso correspondem aos hábitos lingüísticos dos grupos socialmente dominantes. Em nossas sociedades de tradição ocidental, a variedade padrão, historicamente coincide com a variedade falada pelas classes sociais altas, de determinadas regiões geográficas. A avaliação social das variedades lingüísticas é um fato observável em qualquer comunidade da fala. Freqüentemente, ouvimos falar em línguas “simples”, “inferiores”, “primitivas”. Para a Lingüística – ciência da linguagem – esse tipo de afirmação carece de qualquer fundamento científico. Toda língua é adequada à comunidade que utiliza, é um sistema completo que permite a um povo exprimir o mundo físico e simbólico em que vive. Assim como não existem línguas “inferiores”, não existem variedades lingüísticas “inferiores”. As línguas não são homogêneas e a variação observável em todas elas é produto de sua história e do seu presente. Em que se baseiam, então, as avaliações sociais? Podemos afirmar que os julgamentos sociais ante a língua – ou melhor, as atitudes sociais – se baseiam em critérios não lingüísticos: são julgamentos de natureza política e social.
COMUNIDADE E FALA
Linguagem e sociedade estão ligadas entre si de modo inquestionável. Mais do que isso, pode-se afirmar que essa relação é a base da constituição do ser humano. A história da humanidade é a história de seus organizadores em sociedade e detentores de um sistema de comunicação oral, ou seja, de uma língua.
Qualquer língua, falada por qualquer comunidade, exibe sempre variação. Mesmo que nenhuma língua se apresenta como entidade homogênea. Isso significa dizer que qualquer língua é representada por um conjunto de variedades. Concretamente o que é chamado de “língua portuguesa” engloba os diferentes modos de falar utilizados pelo conjunto de seus falares do Brasil, em Portugal, em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor etc.
Língua e variação são inseparáveis. A diversidade da língua não deve ser encarada como um problema, mas como uma qualidade constitutiva do fenômeno lingüístico. Os falantes adquirem as variedades lingüísticas próprias da sua região, de sua classe social, etc. De uma perspectiva geral, podemos descrever as variedades lingüísticas a partir de dois parâmetros básicos: a variação geográfica e variação social.
A variação geográfica está relacionada às diferenças lingüísticas no espaço físico, observáveis entre falantes de origens geográficas distintas. Exemplos: o uso de vogais abertas [mE’ladu] (no Nordeste) e uso de vogais fechadas [me’ladu] (no Sudeste); preferência pela posposição verbal na negação, como em “sei não” (no Nordeste) e “não sei” ou “não sei, não” (no Sudeste); uso do artigo definido antes de nomes próprios , como em “falei com a Joana” (Sudeste) e “falei com Joana” (Nordeste).
Tomando-se a comunidade de fala da língua portuguesa como um todo, podemo-nos referir às variedades brasileiras, portuguesa, baiana, curitibana, rural paulista (ou caipira) etc.
A variação social, por sua vez, relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos falantes e também com a organização sociocultural da comunidade de fala. Aprende-se a falar na convivência. Mas, mais do que isso, a usar a fala de um certo modo e quando devemos usar de outro. Os indivíduos que integram uma comunidade precisam saber quando devem mudar de uma variedade para outra.
Os parâmetros da variação lingüística são diversos, como se pode inferir da exposição feita até aqui. Assim no ato de interagir verbalmente, um falante utilizará a variedade lingüística relativa a sua região de origem, classe social, idade, escolaridade, sexo, profissão etc. e segundo a situação em que se encontrar.
Qualquer língua, falada por qualquer comunidade, exibe sempre variação. Mesmo que nenhuma língua se apresenta como entidade homogênea. Isso significa dizer que qualquer língua é representada por um conjunto de variedades. Concretamente o que é chamado de “língua portuguesa” engloba os diferentes modos de falar utilizados pelo conjunto de seus falares do Brasil, em Portugal, em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor etc.
Língua e variação são inseparáveis. A diversidade da língua não deve ser encarada como um problema, mas como uma qualidade constitutiva do fenômeno lingüístico. Os falantes adquirem as variedades lingüísticas próprias da sua região, de sua classe social, etc. De uma perspectiva geral, podemos descrever as variedades lingüísticas a partir de dois parâmetros básicos: a variação geográfica e variação social.
A variação geográfica está relacionada às diferenças lingüísticas no espaço físico, observáveis entre falantes de origens geográficas distintas. Exemplos: o uso de vogais abertas [mE’ladu] (no Nordeste) e uso de vogais fechadas [me’ladu] (no Sudeste); preferência pela posposição verbal na negação, como em “sei não” (no Nordeste) e “não sei” ou “não sei, não” (no Sudeste); uso do artigo definido antes de nomes próprios , como em “falei com a Joana” (Sudeste) e “falei com Joana” (Nordeste).
Tomando-se a comunidade de fala da língua portuguesa como um todo, podemo-nos referir às variedades brasileiras, portuguesa, baiana, curitibana, rural paulista (ou caipira) etc.
A variação social, por sua vez, relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos falantes e também com a organização sociocultural da comunidade de fala. Aprende-se a falar na convivência. Mas, mais do que isso, a usar a fala de um certo modo e quando devemos usar de outro. Os indivíduos que integram uma comunidade precisam saber quando devem mudar de uma variedade para outra.
Os parâmetros da variação lingüística são diversos, como se pode inferir da exposição feita até aqui. Assim no ato de interagir verbalmente, um falante utilizará a variedade lingüística relativa a sua região de origem, classe social, idade, escolaridade, sexo, profissão etc. e segundo a situação em que se encontrar.
Varição lingüística
A língua é um meio de expressão onipresente na sociedade usado nos mais variados contextos da vida social. Esse uso intensivo gera uma tendência natural à diversidade. Seria ingênuo esperar que a língua fosse homogênea, afinal seu uso não é homogêneo. Ela permeia toda a vida social e, em função disso, apresenta variedades que se manifestam e se desenvolvem em diferentes contextos de uso.
A lingüística tem sido nos últimos tempos, objeto de interesse de muitos pesquisadores que buscam estabelecer relações da língua e suas múltiplas funções com uma sociedade cada vez mais heterogênea e diversificada. A análise sociolingüística implica, por sua vez, uma tentativa de processar, analisar e sistematizar o universo aparentemente caótico da língua falada. CABRAL (1988, p. 208), destaca que "[...] Os falantes podem estar expostos a situações variadas e é de maior interesse para o planejamento de uma política da língua e da política educacional efetuar o levantamento de quantas e quais línguas são faladas numa dada comunidade, quantas pessoas a(s) praticam e quais as suas variedades e, o que é importante, qual a atitude desses falantes em relação a isso".
Cabe ao professor de Língua Portuguesa estar situado na variação lingüística que encontrará em sala de aula e trabalhar com sem preconceitos e estigmas. Saber diferenciar que é importante ensinar a norma culta, contudo deve respeitar também as falas próprias dos alunos e o seu material lingüístico. O docente pode usar isso a seu favor para trabalhar a análise de textos com seus discentes.
Quando se trabalha em sala variados textos torna a aula mais próxima da realidade dos mesmos, levando-os a compreender que existem outras formas de enunciados além dos de literatura clássica. Para levá-los a adquirir a competência de distinguir os diversos gêneros textuais é necessário que eles sejam trabalhados em sala de aula também. Somente assim, os alunos se tornarão leitores interpretativos e críticos dos variados gêneros textuais e lingüísticos.
A lingüística tem sido nos últimos tempos, objeto de interesse de muitos pesquisadores que buscam estabelecer relações da língua e suas múltiplas funções com uma sociedade cada vez mais heterogênea e diversificada. A análise sociolingüística implica, por sua vez, uma tentativa de processar, analisar e sistematizar o universo aparentemente caótico da língua falada. CABRAL (1988, p. 208), destaca que "[...] Os falantes podem estar expostos a situações variadas e é de maior interesse para o planejamento de uma política da língua e da política educacional efetuar o levantamento de quantas e quais línguas são faladas numa dada comunidade, quantas pessoas a(s) praticam e quais as suas variedades e, o que é importante, qual a atitude desses falantes em relação a isso".
Cabe ao professor de Língua Portuguesa estar situado na variação lingüística que encontrará em sala de aula e trabalhar com sem preconceitos e estigmas. Saber diferenciar que é importante ensinar a norma culta, contudo deve respeitar também as falas próprias dos alunos e o seu material lingüístico. O docente pode usar isso a seu favor para trabalhar a análise de textos com seus discentes.
Quando se trabalha em sala variados textos torna a aula mais próxima da realidade dos mesmos, levando-os a compreender que existem outras formas de enunciados além dos de literatura clássica. Para levá-los a adquirir a competência de distinguir os diversos gêneros textuais é necessário que eles sejam trabalhados em sala de aula também. Somente assim, os alunos se tornarão leitores interpretativos e críticos dos variados gêneros textuais e lingüísticos.
GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
Os usuários da língua sempre fazem escolhas de quais textos irão empregar em determinada situação. Cada ocasião pede um texto usado de forma diferente, essa escolha é feita dentre os gêneros textuais.
Os gêneros estão ligados ao ato comunicativo, a interação da linguagem, eles são as realizações sociocomunicativas. Os textos usados no ato da comunicação podem ser expressos por meio de uma única palavra, por um livro de seiscentas páginas, como também por um sermão. É o falante da língua que vai escolher qual gênero irá empregar no ato comunicativo. Gênero textual está bem mais para o uso do que para a forma.
Faz-se essa escolha de forma inata, os usuários a fazem a todo instante sem se preocuparem com sua classificação. Contudo, na escola cabe ao professor de português aprimorar essa técnica para que os alunos saibam a melhor forma de empregar o gênero textual. Por conseguinte, também mostrar aos alunos que os textos podem ter semelhanças e diferenças entre eles.
Quando se preocupa mais com a forma, com as estruturas e as realizações lingüísticas, trata-se da tipologia textual. Cabe ao professor de Língua Portuguesa fazer com que o aluno tenha a capacidade de reconhecer e adquirir novos gêneros textuais para que se causem os efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica de interação humana.
O docente pode mostrar ao discente que a produção de um texto vai muito além das amarradas produções de textos feitas em sala de aula. Levá-lo a perceber que em uma conversa informal oral, ele está fazendo essa escolha de gênero ou mesmo nas diversificadas situações formais, por exemplo, uma entrevista de emprego , ele estará escolhendo qual gênero ele irá usar.
Ao professor fica também o papel de mostrar-lhe as diferenças feitas entre uma dissertação ou em uma narração, etc., estudando assim a tipologia textual. Entretanto, mostrar para ele que isso pode ser feito em um livro de memórias produzido por ele, na descrição que ele faz do seu perfil do “Orkut”, quando narra os acontecimentos do último final de semana, na letra de uma música que aparece como um poema, como também quando lê o seu romance preferido como “Harry Potter” e muitos outros.
O estudo dos gêneros e da tipologia textual é essencial para o desenvolvimento da oralidade e da escrita do aluno e deve ser feito de forma prazerosa e atrativa nas aulas de leitura e produção de textos. Deve-se tirar o estigma que a produção de texto em sala de aula é enfadonha e monótona.
Os gêneros estão ligados ao ato comunicativo, a interação da linguagem, eles são as realizações sociocomunicativas. Os textos usados no ato da comunicação podem ser expressos por meio de uma única palavra, por um livro de seiscentas páginas, como também por um sermão. É o falante da língua que vai escolher qual gênero irá empregar no ato comunicativo. Gênero textual está bem mais para o uso do que para a forma.
Faz-se essa escolha de forma inata, os usuários a fazem a todo instante sem se preocuparem com sua classificação. Contudo, na escola cabe ao professor de português aprimorar essa técnica para que os alunos saibam a melhor forma de empregar o gênero textual. Por conseguinte, também mostrar aos alunos que os textos podem ter semelhanças e diferenças entre eles.
Quando se preocupa mais com a forma, com as estruturas e as realizações lingüísticas, trata-se da tipologia textual. Cabe ao professor de Língua Portuguesa fazer com que o aluno tenha a capacidade de reconhecer e adquirir novos gêneros textuais para que se causem os efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica de interação humana.
O docente pode mostrar ao discente que a produção de um texto vai muito além das amarradas produções de textos feitas em sala de aula. Levá-lo a perceber que em uma conversa informal oral, ele está fazendo essa escolha de gênero ou mesmo nas diversificadas situações formais, por exemplo, uma entrevista de emprego , ele estará escolhendo qual gênero ele irá usar.
Ao professor fica também o papel de mostrar-lhe as diferenças feitas entre uma dissertação ou em uma narração, etc., estudando assim a tipologia textual. Entretanto, mostrar para ele que isso pode ser feito em um livro de memórias produzido por ele, na descrição que ele faz do seu perfil do “Orkut”, quando narra os acontecimentos do último final de semana, na letra de uma música que aparece como um poema, como também quando lê o seu romance preferido como “Harry Potter” e muitos outros.
O estudo dos gêneros e da tipologia textual é essencial para o desenvolvimento da oralidade e da escrita do aluno e deve ser feito de forma prazerosa e atrativa nas aulas de leitura e produção de textos. Deve-se tirar o estigma que a produção de texto em sala de aula é enfadonha e monótona.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
TEXTO, LINGUAGEM E INTERAÇÃO
Escuta-se falar muito em interação, tudo se tornou interativo os jogos, a televisão, o computador, etc. Todos esses meios interativos desenvolvem-se por meio da comunicação que tem como canal a linguagem. Sendo assim, interação, texto e linguagem estão intimamente ligados em sua essência.
Para que a comunicação aconteça de forma clara e objetiva dentro da interação existem regras que devem ser seguidas para que se chegue à meta almejada. Por isso, o professor de língua portuguesa deve situar-se nos aspectos que tratam a interação e trazê-los para a sala de aula tanto para trabalhar a gramática dentro dos textos, pois ambos caminham juntos em perfeita sintonia.
Quando se compara a linguagem com um jogo de futebol, a gramática entra como se fosse as regras desse jogo e os usuários seus jogadores. Então qual é o papel do professor de português dentro desse jogo? Ele age como o técnico de futebol, mostra caminhos, saídas e alternativas, contudo dentro do jogo quem vai usar o que o técnico passou da melhor forma é o jogador tentado alcançar a vitória.
Ainda tem as habilidades que são próprias do jogador que o técnico não deve tentar tirá-las, mas as usar da melhor forma possível para atingir a vitória no jogo. Assim, acontece com a linguagem, o aluno é quem vai usá-la nas diversas formas, cabe ao professor mostrar os caminhos, como e onde o aluno irá usar cada uma de suas competências e habilidades lingüísticas próprias ou adquiridas em sala.
Então o docente deve ter consciência que não deve trabalhar somente o código lingüístico em seu aspecto estrutural porque assim a plenitude da unidade lingüística não será mostrada, os alunos não perceberão o seu aspecto comunicativo e internacional. Somente levando em consideração a totalidade da linguagem é que eles poderão perceber que a língua é o instrumento básico para o jogo da comunicação.
Quando se escolhe trabalhar com a língua internacional, não se pode mais levar o aluno a refletir as regras gramaticais de forma isolada, mas fazer com que perceba como todas as regras do jogo chamado linguagem se adéquam perfeitamente dentro de um texto e que esse texto também é um ato comunicativo. Deve-se levar em consideração também que o texto é qualquer unidade significativa verbal ou não-verbal que apresentem coerência e coesão na sua organização, incluindo, claro, os aspectos gramaticais.
Ao se trabalhar a interação, o texto e a linguagem em sala de aula, o professor estará assumindo o seu papel de comunicador e facilitador do aprendizado eficaz e eficiente de seus alunos tornando-os capazes de fazer variados usos da língua portuguesa.
Para que a comunicação aconteça de forma clara e objetiva dentro da interação existem regras que devem ser seguidas para que se chegue à meta almejada. Por isso, o professor de língua portuguesa deve situar-se nos aspectos que tratam a interação e trazê-los para a sala de aula tanto para trabalhar a gramática dentro dos textos, pois ambos caminham juntos em perfeita sintonia.
Quando se compara a linguagem com um jogo de futebol, a gramática entra como se fosse as regras desse jogo e os usuários seus jogadores. Então qual é o papel do professor de português dentro desse jogo? Ele age como o técnico de futebol, mostra caminhos, saídas e alternativas, contudo dentro do jogo quem vai usar o que o técnico passou da melhor forma é o jogador tentado alcançar a vitória.
Ainda tem as habilidades que são próprias do jogador que o técnico não deve tentar tirá-las, mas as usar da melhor forma possível para atingir a vitória no jogo. Assim, acontece com a linguagem, o aluno é quem vai usá-la nas diversas formas, cabe ao professor mostrar os caminhos, como e onde o aluno irá usar cada uma de suas competências e habilidades lingüísticas próprias ou adquiridas em sala.
Então o docente deve ter consciência que não deve trabalhar somente o código lingüístico em seu aspecto estrutural porque assim a plenitude da unidade lingüística não será mostrada, os alunos não perceberão o seu aspecto comunicativo e internacional. Somente levando em consideração a totalidade da linguagem é que eles poderão perceber que a língua é o instrumento básico para o jogo da comunicação.
Quando se escolhe trabalhar com a língua internacional, não se pode mais levar o aluno a refletir as regras gramaticais de forma isolada, mas fazer com que perceba como todas as regras do jogo chamado linguagem se adéquam perfeitamente dentro de um texto e que esse texto também é um ato comunicativo. Deve-se levar em consideração também que o texto é qualquer unidade significativa verbal ou não-verbal que apresentem coerência e coesão na sua organização, incluindo, claro, os aspectos gramaticais.
Ao se trabalhar a interação, o texto e a linguagem em sala de aula, o professor estará assumindo o seu papel de comunicador e facilitador do aprendizado eficaz e eficiente de seus alunos tornando-os capazes de fazer variados usos da língua portuguesa.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Origem da última flor do lácio
A Língua Portuguesa tem sua origem no Latim. Para entender como se deram as transformações lingüísticas sofridas por ela, é necessário compreender todo o processo de expansão e transformação que ocorreu com a língua que foi outrora o meio maior de comunicação de todo um Império para hoje afirmarmos, segundo Coutinho (1976, p. 46), “... que o Português é o próprio Latim modificado”.
O latim era a Língua falada pelos romanos, povo que teve, através do seu Império, uma grande expansão pelo mundo, porém esta língua se subdividiu em duas vertentes, o Latim Clássico, chamado de sermo urbanus e o Latim Vulgar o sermo vulgaris. Como afirma Coutinho (1976,p.28), “não eram duas línguas diferentes, mas dois aspectos da mesma língua. Um surgiu do outro, como a árvore da semente”.
O sermo urbanus foi difundido por meio da língua escrita, com sua configuração nas obras dos escritores latinos. Usado pela classe culta, poetas, juristas, teatrólogos e por pessoas ligadas ao estudo da Literatura e da Gramática, era pouco acessível às classes menos favorecidas. Tinha como características um vocabulário apurado; o não uso de arcaísmos, neologismos ou palavras estrangeiras; correção gramatical e elegância de estilo; presença de cinco declinações com seis casos cada uma; quatro conjugações verbais; preferência pela ordem inversa; pequeno uso de preposições e era uma língua sintética. Por ser em sua maioria escrita ou usada pelos patrícios em situações de formalidade, era uma língua artificial, rígida que não refletia a vida vibrante do povo.
Já, o vértice do Latim que refletia bem o dinamismo do povo era o sermo vulgaris , primeiramente falado pelas classes inferiores do povo romano como militares, operários, agricultores, enfim, por toda a classe plebéia. Suas principais características eram opostas às do Latim Clássico. Havia grande emprego de arcaísmos, neologismos e estrangeirismos; não havia a preocupação com a correção gramatical e a elegância; por ser uma língua falada, houve confusão entre as declinações que se reduziram a três, e entre os casos, reduzidos a dois. No que se refere às conjugações, eram apenas três; e largo era o emprego de formas verbais compostas. Por ser uma língua analítica, tinha preferência pela ordem direta e um vasto emprego de proposições e de diminutivos.
À medida que o Império Romano se expandia, a língua latina era veiculada aos povos dominados que a usavam como língua oficial nos contatos com o dominador. O sermo vulgaris chegava aos novos domínios por meio dos militares, comerciantes dentre outros usuários do latim vulgar.
Do contato do latim com outras línguas surge uma situação lingüística de bilingüismo e era natural que o latim sofresse influências e mudanças, pois estava agindo sobre esta língua pressões paradigmáticas e sintagmáticas do sistema. Para entender melhor como a transformação de uma língua ocorre, é preciso compreender como estas pressões agem na mudança de um idioma e como agiram sobre o latim.
A pressão sintagmática tem ação interna, visto que um língua está sempre em transformação, pois os falantes criam, para implementarem o ato comunicativo, construções e palavras com o material lingüístico que está disponível em sua língua, fazendo com que exista uma mudança de dentro para fora.
Já a pressão paradigmática é uma força que age externamente ao idioma, como o encontro com outras línguas, que acabam agregando seus valores sintáticos e fonéticos a outras, permitindo um processo bilíngüe. Como afirma Ilari (2001,p.140), “tem, portanto plausibilidade a tese de que as línguas dos povos romanizados não desapareceram por completo com a implantação do latim, mas se mantiveram determinando tendências à dialetação”.
Com o processo de dialetação, o sermo vulgaris foi modificado em cada região conquistada pelos romanos. Contudo esse processo de mudança se manteve enfraquecido enquanto o Império ainda era forte, porém com o declínio do poderio romano e com a invasão das regiões romanizadas por povos bárbaros, a língua romana sofreu um processo de modificação bastante acelerado. O latim se transformou em um dialeto diferente em cada região dominada, porém os dialetos conservaram vestígios da sua filiação ao latim no vocabulário, na morfologia e na sintaxe e, em alguns casos, até na semântica.
É importante também ressaltar as palavras de Coutinho (1976,p.27) quando diz que “não se deve admitir a falsa idéia de que o dialeto seja a corrupção de uma língua. O povo, quando modifica o idioma, obedecendo às suas tendências naturais, não o corrompe. A língua, como tudo na natureza, está sujeita a transformações inevitáveis.” Por este motivo as transformações fonéticas, morfológicas e sintáticas sofridas pelo latim vulgar não o corromperam, mas o transformaram pela tendência natural própria de qualquer língua em evoluir.
O latim era a Língua falada pelos romanos, povo que teve, através do seu Império, uma grande expansão pelo mundo, porém esta língua se subdividiu em duas vertentes, o Latim Clássico, chamado de sermo urbanus e o Latim Vulgar o sermo vulgaris. Como afirma Coutinho (1976,p.28), “não eram duas línguas diferentes, mas dois aspectos da mesma língua. Um surgiu do outro, como a árvore da semente”.
O sermo urbanus foi difundido por meio da língua escrita, com sua configuração nas obras dos escritores latinos. Usado pela classe culta, poetas, juristas, teatrólogos e por pessoas ligadas ao estudo da Literatura e da Gramática, era pouco acessível às classes menos favorecidas. Tinha como características um vocabulário apurado; o não uso de arcaísmos, neologismos ou palavras estrangeiras; correção gramatical e elegância de estilo; presença de cinco declinações com seis casos cada uma; quatro conjugações verbais; preferência pela ordem inversa; pequeno uso de preposições e era uma língua sintética. Por ser em sua maioria escrita ou usada pelos patrícios em situações de formalidade, era uma língua artificial, rígida que não refletia a vida vibrante do povo.
Já, o vértice do Latim que refletia bem o dinamismo do povo era o sermo vulgaris , primeiramente falado pelas classes inferiores do povo romano como militares, operários, agricultores, enfim, por toda a classe plebéia. Suas principais características eram opostas às do Latim Clássico. Havia grande emprego de arcaísmos, neologismos e estrangeirismos; não havia a preocupação com a correção gramatical e a elegância; por ser uma língua falada, houve confusão entre as declinações que se reduziram a três, e entre os casos, reduzidos a dois. No que se refere às conjugações, eram apenas três; e largo era o emprego de formas verbais compostas. Por ser uma língua analítica, tinha preferência pela ordem direta e um vasto emprego de proposições e de diminutivos.
À medida que o Império Romano se expandia, a língua latina era veiculada aos povos dominados que a usavam como língua oficial nos contatos com o dominador. O sermo vulgaris chegava aos novos domínios por meio dos militares, comerciantes dentre outros usuários do latim vulgar.
Do contato do latim com outras línguas surge uma situação lingüística de bilingüismo e era natural que o latim sofresse influências e mudanças, pois estava agindo sobre esta língua pressões paradigmáticas e sintagmáticas do sistema. Para entender melhor como a transformação de uma língua ocorre, é preciso compreender como estas pressões agem na mudança de um idioma e como agiram sobre o latim.
A pressão sintagmática tem ação interna, visto que um língua está sempre em transformação, pois os falantes criam, para implementarem o ato comunicativo, construções e palavras com o material lingüístico que está disponível em sua língua, fazendo com que exista uma mudança de dentro para fora.
Já a pressão paradigmática é uma força que age externamente ao idioma, como o encontro com outras línguas, que acabam agregando seus valores sintáticos e fonéticos a outras, permitindo um processo bilíngüe. Como afirma Ilari (2001,p.140), “tem, portanto plausibilidade a tese de que as línguas dos povos romanizados não desapareceram por completo com a implantação do latim, mas se mantiveram determinando tendências à dialetação”.
Com o processo de dialetação, o sermo vulgaris foi modificado em cada região conquistada pelos romanos. Contudo esse processo de mudança se manteve enfraquecido enquanto o Império ainda era forte, porém com o declínio do poderio romano e com a invasão das regiões romanizadas por povos bárbaros, a língua romana sofreu um processo de modificação bastante acelerado. O latim se transformou em um dialeto diferente em cada região dominada, porém os dialetos conservaram vestígios da sua filiação ao latim no vocabulário, na morfologia e na sintaxe e, em alguns casos, até na semântica.
É importante também ressaltar as palavras de Coutinho (1976,p.27) quando diz que “não se deve admitir a falsa idéia de que o dialeto seja a corrupção de uma língua. O povo, quando modifica o idioma, obedecendo às suas tendências naturais, não o corrompe. A língua, como tudo na natureza, está sujeita a transformações inevitáveis.” Por este motivo as transformações fonéticas, morfológicas e sintáticas sofridas pelo latim vulgar não o corromperam, mas o transformaram pela tendência natural própria de qualquer língua em evoluir.
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